Mas Carolina esquiva quando o assunto é se sua personagem merece ser totalmente perdoada por Quinzé, interpretado por Malvino Salvador, e por Quinzinho, vivido por Gabriel Pelícia. “É muito difícil responder”, desconversa. Para ela, que acumula diversas heroínas no currículo, o fato de dar vida à uma vilã é complicado porque, ao fazer o personagem politicamente incorreto, o ator precisa evitar julgamentos. “É preciso fazer com verdade e como se fosse possível. Não julgo o meu papel. Faço o que ela ‘manda’”, completa.
Cinema e teatro
Na tevê desde 1993, Carolina jura que algumas cenas de sua personagem em Fina Estampa viram alvo de conversa entre ela e o marido Tiago Worcman. “Às vezes, ele me pergunta: ‘Mas isso estava na cena ou foi você quem fez?’. Respondo que estava escrito. Mas para tudo eu falo que estava escrito”, confessa, em tom de humor. Com a carreira principalmente focada na tevê, ela não descarta trabalhos no teatro e no cinema. “Vou se eu gostar do papel, do texto, do diretor e se tiver vontade de trabalhar no projeto dele”, enumera.
Mas nem sempre a relação entre o público e seus personagens foi positiva. Em 2010, Carolina viveu a jornalista Diana em Passione, da Globo. A personagem enfrentou rejeição por parte de telespectadores que, por meio da Internet, queriam que ela morresse. Mas, no caso da chamativa Teodora, Carolina tem visto exatamente o inverso. Os esmaltes de sua personagem, os vestidos muito apertados e os sapatos de salto alto costumam normalmente figurar – com destaque – na lista dos itens mais solicitados na Central de Atendimento ao Telespectador da Globo. “A minha personagem tem tudo diferente de mim e o figurino também. Chego no Projac e a maquiadora faz a pontinha da sobrancelha, outra pinta a unha de rosa e vem outro e bronzeia o meu corpo e eu coloco o vestido”, elenca a atriz.
