Mãe carinhosa, Carolina Dieckmann conta que sofreu para viver a mãe desnaturada Teodora em "Fina Estampa" e fala de sua paixão por televisão.
Como você acha o público vê a Teodora?
Todo mundo parece estar odiando a personagem, mas, a minha missão será fazer com ela o que eu fiz: um processo de redenção. Primeiro, quero que as pessoas odeiem e, depois, se apaixonem por essa mulher.
Como você vê a personagem?
Ela é inspirada na Barbie, com uma pitada de Paris Hilton. Uma periguete mesmo. Uma “maria-golpe” e não uma “maria-tatame”.
É verdade que você se emocionou com o fato da personagem abandonar o filho?
Me emocionei muito. Chorei muito nas primeiras cenas. Em Passione, o público criticou muito a Diana.
Como você encarou esse episódio?
A rejeição a Diana veio de internautas sem cara, que acham bacana fazer apologia à maldade, que queria chocar. Duvido que a dona de casa que passa o dia lavando roupa no tanque tenha gostado de ver a mocinha morrendo no parto da filha.
E você, o que achou do desfecho da Diana?
Odiei Diana ter morrido. Aqui na Globo sou prestadora de serviço e tenho que fazer o que o meu empregador manda. Mas, como telespectadora não me agradou em nada, não acho graça em ver o mal vencendo. Melina não poderia ter terminado feliz depois de tudo que fez com Diana e Mauro.
Mesmo assim você gostou da personagem?
Eu a amava, mas, sabia que ela era sem sal. Inclusive, escureci o cabelo para ficar mais comum. Foi uma personagem que exigiu que eu ficasse mais comedida, menos espontânea. Mas, eu não queria que ela morresse.
Gostou de voltar a ser loira?
Curti bastante essa cor meio bege, criação do cabeleireiro Tom Reis. Só não queria ficar tão loira quanto a Leona de Cobras & Lagartos.
Em termos de visual, você prefere como?
Ah, como Carol, cabelo da cor natural.
O que você faz para manter a forma física, tão admirada?
Estou treinando muai thay. Pulo corda, faço flexão, abdominal. É preciso, porque na novela era a mulher do lutador. Não gosto de laboratório, mas, pesquisei meninas que namoram lutadores e descobri que elas fazem luta também.
Por que você costuma não fazer laboratório?
Acho que faria laboratório se tivesse que interpretar uma médica, determinada esportista. As pessoas, mesmo dentro de suas especialidades, são pessoas. Aprendi isso com Manoel Carlos. Quando fiz a Camila em Laços de Família, perguntei se não deveria fazer laboratório em um hospital. E, ele me falou: “Carol, a pessoa que recebe a notícia de que está com câncer também nunca passou por isso. Então, a sua maneira é a maneira que você vai encontrar de passar por isso. Não faz nada, sente o que escrevi para você e faz do seu jeito.” Deu certo e sempre dá.
Você é mais ligada ao trabalho na TV que no cinema e no teatro, por quê?
Eu faço novela para essas pessoas que nem tem computador, nem dinheiro para ir ao teatro ou cinema. Eu tenho paixão por televisão, óbvio que gosto de teatro, que vou ao cinema. Eu não vou fazer cinema, não vou fazer teatro, porque as pessoas respeitam mais. Não, eu respeito isso aqui, não importa o que outros pensam.
O Tiago (Worcman) entende essa sua vida corrida de atriz?
Toda vez, antes de uma novela começar, eu viajo com o meu marido de lua de mel. Faço isso para amarrar bem a relação e poder me dedicar só ao trabalho depois. Costumo fazer isso desde Senhora do Destino em 2004 e dá certo.
Como é o seu relacionamento com o Davi, que já é um adolescente?
Ele é meu amigão. Coisa mais legal de ter tido filho com 20 anos é que hoje tenho 33 e ele tem 12. Fala que sou a mais nova entre as mães dos amigos dele.
Ele quer seguir a profissão de ator?
Ele gosta de circo, adivinha porquê.