No ar na novela "Salve Jorge", Carolina Dieckmann
deu uma entrevista exclusiva ao site Aguinaldo Silva Digital, do autor
da novela "Fina Estampa" que contou com a atriz no elenco, que foi ao ar
na manhã desta segunda-feira, 10. Durante a longa conversa, onde ela
comentou sobre vários temas, a atriz falou sobre a repercussão das suas
fotos íntimas na internet que resultou na Lei Carolina Dieckmann.
"Não posso dizer que aconteceria com qualquer pessoa, mas também não
posso dizer que não. Estou pensando agora na Lei Maria da Penha… A Maria
da Penha não era tão famosa, e tem o nome dela na lei, foi feita a
justiça… Não posso achar que só aconteceu porque eu sou a Carolina, mas
também não posso dizer que aconteceria com qualquer outra pessoa.
Envaidece existir a lei, mas não me envaidece ter o meu nome. Ter a lei é
o principal", declarou a atriz.
Carolina conta que não pensou duas vezes antes de recorrer à polícia.
"O que aconteceu, independentemente de as fotos vazarem, com a extorsão e
roubo a dados pessoais no meu computador, eu não tinha outra opção a
não ser ir à polícia. Não sabia o que ia acontecer. Estava dançando
conforme a música. Me fizeram uma extorsão. O que é que se faz nesse
caso? Ir à polícia. Aí, no dia em que vazaram as fotos, o que tinha que
fazer? Contratar advogado. E vamos fazer tudo dentro da lei. Para mim
era muito simples nesse sentido. Eu queria, principalmente, saber quem
fez e como fez. Porque pra mim esse era todo problema da situação. Como
alguém entra nos seus dados, e descobre coisas que estão ‘presas’ dentro
do seu computador, e rouba aqueles arquivos todos? Alguém entrou na
minha casa e roubou coisas minhas. Pra mim era essa a sensação, de
invasão, e eu tinha que reclamar."
Apesar do trauma, Carolina contou que mantém o hábito de navegar na
Internet e que procura usar a sua rede social para se defender, mesmo
que possa gerar bate-boca com internautas. "Eu não vou deixar de
desmentir uma mentira com medo de que a consequência disso gere
bate-boca. Se uma pessoa está mentindo a meu respeito, tenho o direito
de me defender. Quando falam mentira, eu não gosto. E está aí o santo
twitter pra gente desmentir as coisas."
Conhecida pelo perfil sincero, de falar o que pensa, Dieckmann admite
que às vezes passa imagem de antipática, mas não se importa com os
julgamentos. "Não me preocupo, porque o ser humano está tão acostumado a
julgar. E ele julga das maneiras mais loucas. Eu acho que julgamento é
uma coisa que temos que ‘trabalhar’ com nós mesmos, e saber que não é
uma virtude julgar os outros. Eu não vou deixar de ser eu mesma pra
alguém não me julgar, porque podem julgar mesmo assim. O mais fácil é
manter sua integridade, ser fiel ao que você acredita, ao que quer, e,
se julgarem…"