Depois de uma lista comprida de bons serviços prestados às novelas
interpretando mocinhas, Carolina Dieckmann voltará à televisão em “Joia
rara” como... outra mocinha. Agora, entretanto, trata-se de uma
personagem mais madura que todas as anteriores. Com a Iolanda da trama
das 18h de Thelma Guedes e Duca Rachid, a atriz transitará da pobreza à
extrema riqueza e fará, pela primeira vez, par com atores mais velhos
que ela. Namorada de um operário, Mundo (Domingos Montagner), despertará
a paixão do poderoso Ernest (José de Abreu).
— O pai de Iolanda, um jogador inveterado, a perderá no jogo. Com isso,
ela terá que se casar com Ernest e ficará milionária. Mas nunca deixará
de amar Mundo. Essa paixão é a sua luz, aquilo que fará com que, mesmo
sendo obediente e centrada, ela rompa com as convenções. Diferente de
tudo o que eu já fiz, essa personagem tem um peso, uma densidade: mesmo
aos 20 e poucos anos (na foto, com o figurino da fase em que é
operária), é comportada, íntegra, ponderada.
A história é ambientada em dois tempos: começa em 1930 e pula para
1940. Com isso, Carolina realiza o antigo desejo de atuar numa história
de época:
— Isso quase aconteceu em “Sinhá Moça”, mas acabei indo para outro projeto.
Com Iolanda, a atriz segue um ritmo intenso de gravações sob a direção rigorosa de Amora Mautner. Sem sofrimento:
— São muitas horas de ensaios, mas estou aprendendo tanto que nem sinto
o tempo passar. A Amora tem um jeito de estimular a gente que é
sensacional.