Mais loira do que nunca, Carolina Dieckmann descansou um pouco dos
folhetins após viver Jéssica, em Salve Jorge, e agora dará vida à
sofrida Iolanda, em Joia Rara. Na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, a personagem é moradora de um cortiço e apaixonada por Mundo (Domingos Montagner).
Mas a bela vê sua vida mudar completamente ao se casar obrigada com
Ernest (José de Abreu). Certa de que vive a primeira grande mulher da
carreira, Carolina diz enfrentar um turbilhão de emoções no momento,
tanto com o trabalho novo, quanto com as mudanças na vida pessoal, já
que o marido, Tiago Worcman, mudou-se para São Paulo (e ela mora no Rio
de Janeiro).
Em Joia Rara Iolanda abre mão do grande amor, que é
Mundo (Domingos Montagner), e casa-se obrigada com o poderoso Ernest
(José de Abreu). Ela será aquele tipo de heroína que sofre desde o
começo da trama?
Não posso dizer que a Iolanda passa por uma violência explícita, mas
ela tem uma vida toda de dor. Ela abre mão do grande amor para salvar o
pai Venceslau (Reginaldo Faria) Trata-se de uma escolha consciente. Ela
não tem aquela coisa do sofrimento de uma mocinha ingênua, mas de
heroína. A mocinha chora, é um sofrimento só. Já a heroína sofre, mas
tem que dar um passo adiante. É totalmente diferente e, para
interpretar, é mais difícil. Tem que trazer o choro forte, como o de uma
mocinha, derramar um litro de água de tanta lágrima, e ainda segurar a
emoção da heroína. Para mim, isso é bom porque são novos caminhos na
profissão. A Iolanda é a primeira grande mulher que interpreto.
Você já está acostumada a mudar o cabelo por conta dos vários
personagens que fez na TV. Como é voltar a ficar com o visual blond?
Eu fiz o clareamento no cabelo porque a personagem é loira desde que
nasceu e esse visual é superimportante para o desenrolar da história
dela. Sempre que começo uma novela, quero logo saber sobre as mudanças
que irei fazer. Eu adoro transformação, desde ficar careca, a pintar e
cortar o cabelo. Agora, voltei a ficar loiraça, que, por sinal, amo!
Sempre brinco que a água oxigenada já faz parte de mim (risos). Já tenho
a água oxigenada na corrente sanguínea (risos).
Você está mais magra, não? Fez alguma dieta especial?
Eu quis começar a novela com uma cara mais saudável e pretendo
emagrecer um pouco mais na segunda fase da trama porque magreza combina
melhor com a tristeza (risos). Combina com a fase em que ela se casa
obrigada e fica triste. Agora, eu estou com o corpo normal.
Ao voltar para a rotina de trabalho com Joia Rara, você vai ficar menos tempo com seus filhos Davi e José. Sente saudade deles quando está no estúdio gravando?
Realmente, com a novela vejo menos os meus filhos. Para completar, o
meu marido (Tiago Worcman) agora mora em São Paulo. A sorte é que eu
conto com as avós que me dão total apoio. E o Davi está com 14 anos, já é
um homenzinho. Eu falo: filho, mamãe não vai poder fazer o dever
contigo agora. E ele responde: Deixa que eu faço. Aquela coisa
independente.
Como é, pela primeira vez, viver o casamento com o Tiago morando em São Paulo?
São seis anos de casada e agora é que estamos separados. Eu não posso
contar ainda como é, como estou me sentindo, porque estou me
acostumando. É tudo muito recente, um verdadeiro turbilhão de emoções. É
diferente? O Tiago sempre fazia as compras, conversava com a
cozinheira, era o verdadeiro dono de casa. Agora, a casa está sem o dono
da casa (risos). Nos finais de semana, o Tiago está conseguindo vir ao
Rio. Mas teremos que ficar mesmo na ponte aérea para matar a saudade.
Fico triste, mas dei a maior força, porque sabia que era uma coisa muito
boa, importante para ele.
Na trama, Iolanda não luta pelo grande amor e se casa obrigada
com Ernest (José de Abreu). Você agiria assim ou teria a coragem de
largar tudo por um homem?
Eu largaria. Hoje em dia o amor romântico tem menos peso na vida das
pessoas, que desistem da relação com muita facilidade. O segredo do
casamento é não desistir e, sim, viver até o final. Lógico que uma
paixão avassaladora a gente fica entusiasmada, acha ótimo! Porém, o que o
amor te dá, o companheirismo, aquela coisa de criar filhos juntos,
nossa, não tem nada igual! Se as pessoas soubessem como isso é bom, elas
insistiriam mais na relação.