Para Carolina Dieckmann, sua personagem em Joia Rara foi a pioneira de um novo ciclo em sua carreira. A atriz até então só havia interpretado mocinhas em sua carreira. A romântica Iolanda sacrificou seu amor verdadeiro para salvar a vida do pai, que estava afogado em dívidas e mal da saúde. Depois de suportar as maldades do implacável Ernest (José de Abreu), ela mereceu um final feliz ao lado de seu amado Mundo (Domingos Montagner). “Ela foi a minha primeira personagem madura. Fiz muitas mocinhas, uma após a outra, nas quais o modo de se relacionar com a vida acaba ficando um pouco comum por causa da idade, da imaturidade. A Iolanda é a primeira de um novo leque de personagens, de uma nova idade, de uma nova maturidade. E estou muito feliz por ter começado esse momento com ela”, conta Carolina.
Ela, que em 2001 raspou a cabeça para viver Camila em Laços de Família,
apegou-se às madeixas loiríssimas de sua personagem da trama de Thelma
Guedes e Duca Rachid: “Vou ficar desesperada quando a raiz começar a
crescer, porque amo esse visual do cabelo de uma cor só. Vou estranhar,
mas isso vai fazer parte do desapego, dessa saída da personagem, de ver
essa transformação palpável e lidar com ela.”
Não será somente o cabelo que deixará saudades na vida de Carolina. O
figurino, recheado de laise, renda e crochê, encantou a intérprete de
Ioiô. E muito mais do que isso: “Mesmo que ao final de um trabalho você
faça amigos que levará para a vida toda, a convivência diária com eles
acaba. Antes mesmo da gravação da última cena já vai surgindo aquela
saudade antecipada. Vai dando uma tristeza por saber que não vou mais
encontrar essas pessoas que gostaria de ver sempre, com as quais eu
gostaria de trabalhar outras vezes. Essa é a primeira coisa que eu penso
quando um personagem acaba.”