Carolina Dieckmann é capa da Revista Joyce Pascowitch

Carolina Dieckmann está morando há um ano em Miami e, pela primeira vez, pode ter a sensação de ser uma pessoa “normal”. Com uma rotina tranquila, que se resume a andar de bicicleta, levar o filho Davi para a escola, fazer aulas de inglês, passear por mercados de orgânicos ou simplesmente ler um livro deitada em um parque, a atriz está conseguindo enxergar sua vida de fora. “Sinto como se eu tivesse em uma bolha de sabão voando em volta da minha vida. Eu não me conheço sem ser famosa, sou famosa desde os 13 anos. E essa é uma oportunidade de olhar e falar: ‘Olha ali a Carolina Dieckmann, olha ali ela, sendo reconhecida.’” Depois de receber críticas positivas sobre seu mais recente trabalho no cinema, “O Silêncio do Céu”, Carol rebate as opiniões de que estaria “mais madura” como atriz.

“Já fiz coisas tão profundas na televisão. Para mim não tem essa diferença, por que tudo o que eu faço é profundo. Eu estudo pra caramba. Eu me entrego pra caramba”, diz ela, que complementa: “As pessoas têm preconceito com TV, assim como têm preconceito com quem faz filme de comédia no Brasil. É muito barra pesada. Aí, quando você começa a fazer cinema, parece que você amadureceu. Os próprios atores têm esse preconceito, apesar de ser menos.” O papo passou ainda pela gravidez: “Nas duas vezes que fiquei grávida, passei por uma bad trip muito séria. Fiquei doente mesmo. Não gostei de ficar grávida, achava que meus filhos podiam nascer com uma coisa, eram pensamentos, do tipo ‘como meu filho vai nascer, esse planeta não tem mais água’”; sobre terapia: “Fiz terapia para me separar do meu primeiro marido. Essa coisa do amor acabar… Pensava: isso não é possível, eu devo estar louca, não conseguia aceitar que eu não queria mais ficar com aquela pessoa”; e sobre consumismo: “Não sou de comprar nada. Tive a fase Leona, com aquele cabelo platinado e quase 30 anos.

Comprava muito, muito mesmo. Ganhava muito presente das marcas, todo mundo querendo me vestir.”Conversar com Carol é inebriante: ela tem assunto para qualquer tema e fala sobre tudo. Quando J.P pergunta por que não trabalhar em um programa de bate-papo feminino, tipo um “Saia Justa”, do GNT, ela declara: “Sou muito famosa e não preciso que todo mundo saiba da minha opinião. Tem de ter um mistério.”


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